
Proliferação de resíduos sólidos agrava-se em vários bairros da capital
A Cidade de Maputo continua a ser assolada por focos de lixo em diversos bairros, apesar das promessas anteriores de erradicação das lixeiras informais. O Conselho Municipal reconhece as dificuldades, atribuindo a crise ao fim de contratos com empresas responsáveis pela recolha de resíduos.
A realidade nas zonas urbanas da capital é visível a olho nu: montes de lixo acumulado ao lado das vias públicas, mau cheiro persistente e uma crescente frustração por parte dos munícipes. Para muitos moradores, a situação é crítica e exige uma intervenção urgente.
“[O lixo] provoca mau cheiro, principalmente em dias de chuva. Pedimos que tenham misericórdia de nós e removam este lixo. Pagamos a taxa de lixo. Afinal, porque nos fazem mal?”, desabafa um residente do bairro Chamanculo.
Confrontado com o problema, João Munguambe, vereador de Infra-Estruturas e Saneamento, assumiu publicamente que a situação decorre do fim de contratos com prestadores de serviços de recolha. “Estamos no fim de alguns contratos de prestação de serviços, e isso está a trazer alguns constrangimentos. Um deles já terminou e há outros dois que estão no fim”, afirmou.
De acordo com Munguambe, o município está atualmente impossibilitado de continuar com empresas sem contratos legais em vigor, o que limita a disponibilidade de meios operacionais. “Legalmente, não se pode continuar com uma entidade que não tem contrato em vigor”, acrescentou o edil.
Soluções em Curso
Como medida de resposta, o Conselho Municipal informa que está a adquirir meios próprios para reforçar a recolha de lixo. Alguns desses recursos já estão em operação, embora ainda insuficientes para cobrir toda a cidade.
A situação alerta para a necessidade de uma gestão mais previsível e eficaz dos contratos públicos, com garantias de continuidade dos serviços essenciais. Enquanto isso, os munícipes continuam a conviver com o risco sanitário e a degradação urbana provocada pela acumulação de resíduos.