
Presidente da República garante continuidade das operações e reforço das forças de defesa
O Presidente da República, Daniel Chapo, anunciou que os grupos terroristas que invadiram a Reserva do Niassa nos meses de Abril e Maio foram rechaçados pelas Forças de Defesa e Segurança de Moçambique, garantindo que as operações no terreno continuam com firmeza.
“No último ataque, no dia 12 de Maio, uma coutada foi invadida, duas pessoas perderam a vida, vários bens foram pilhados e viaturas incendiadas”, recordou o Chefe de Estado, sublinhando a resposta imediata das forças militares. “Os nossos irmãos estão no terreno a rechaçar os terroristas daquela região e, neste momento em que estamos a falar, desapareceram da Reserva do Niassa e as nossas forças continuam em perseguição”, declarou.
Formação militar e adaptação às novas ameaças
A declaração do Presidente foi feita durante uma visita à Escola de Formação de Forças Especiais, localizada na província de Nampula. Segundo a Radio France Internationale (RFI), Daniel Chapo aproveitou a ocasião para reforçar o compromisso do Governo em investir na formação e no reequipamento das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM).
“Desafiamos também todos os comandantes das forças de defesa e segurança a estudarem novas técnicas, novas táticas, procedimentos e estratégias de combate, para perceberem as metamorfoses das novas ameaças à paz e à nossa segurança nacional”, enfatizou o Presidente.
Abordagem integrada contra o crime e terrorismo
Daniel Chapo destacou que o terrorismo não é a única ameaça à segurança nacional. O Presidente chamou atenção para fenómenos como os sequestros, tráfico de seres humanos e narcotráfico, que exigem respostas coordenadas e estratégicas.
“A nossa segurança depende de uma abordagem integrada, que compreenda as realidades do crime moderno e esteja preparada para actuar com firmeza e inteligência”, declarou, reiterando o papel das Forças Especiais na contenção dessas ameaças.
A província do Niassa tem sido alvo de incursões terroristas associadas à expansão de grupos armados provenientes de Cabo Delgado. No entanto, segundo o Governo, a presença das FADM tem impedido o alastramento do conflito para outras regiões do norte do país.