
Sofala – O presidente do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Lutero Simango, veio a público exigir que o comandante da Polícia da República de Moçambique (PRM), que teria ordenado a repressão violenta contra membros do seu partido, seja responsabilizado criminalmente.
Repressão durante marcha pacífica
O episódio ocorreu no último domingo, durante uma marcha pacífica promovida pelo MDM em comemoração aos 60 anos da vila de Gorongosa, na província de Sofala. Segundo Simango, agentes da PRM lançaram gás lacrimogénio contra os manifestantes, interrompendo bruscamente a celebração.
“O dito comandante que deu as ordens para a PRM reprimir de forma violenta os membros do MDM deve ser responsabilizado criminalmente”, declarou Lutero Simango em conferência de imprensa.
Exigência de justiça e responsabilização
Simango reforçou que tais ações violam os princípios constitucionais de liberdade de expressão e de reunião, defendendo que não podem passar impunes. “Trata-se de uma agressão à democracia e ao Estado de Direito”, sublinhou.
O líder do MDM apelou às instituições da justiça para que actuem de forma imparcial, garantindo que os responsáveis enfrentem as devidas consequências legais.
Reacções e clima político
A repressão em Gorongosa gerou forte indignação nas redes sociais e em círculos da sociedade civil, com várias vozes exigindo respeito pelos direitos dos partidos da oposição. Analistas políticos consideram o incidente mais um sinal de deterioração do espaço democrático no país.
Até ao momento, a PRM ainda não emitiu um comunicado oficial a esclarecer os motivos da intervenção ou a identificar a cadeia de comando responsável.