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Presidente esclarece que SUSTENTA foi apenas um projecto com início e fim, e não integra plano do novo governo
É oficial. O Projecto SUSTENTA, lançado em 2017 como a grande bandeira de governação de Filipe Nyusi no sector agrícola, chegou ao fim. A confirmação foi feita este domingo pelo actual Chefe de Estado, Daniel Chapo, durante uma conferência de imprensa alusiva aos 50 anos da independência nacional.
Chapo foi claro ao afirmar que o SUSTENTA “era um projecto e não programa”, contrariando a linha de comunicação do governo anterior. “É um projecto que teve início e teve fim”, frisou. Acrescentou ainda que o seu governo não assume responsabilidade por apresentar resultados do mesmo, pois não fez parte da sua concepção nem implementação.
Na mesma ocasião, Chapo reafirmou o compromisso do Executivo em implementar o Programa Quinquenal do Governo (PQG), aprovado pelo Parlamento, evitando discutir projectos do passado como o PARPA ou PROAGRI.
O Projecto SUSTENTA foi lançado com grande expectativa em 2017, contando com financiamento do Banco Mundial no valor superior a 16 mil milhões de Meticais. A fase-piloto decorreu em 10 distritos das províncias de Nampula e Zambézia, envolvendo cerca de 125 mil famílias. Em 2020, foi alargado a todo o país, com o objectivo ambicioso de eliminar a fome até 2024.
Contudo, até à transmissão de poder em Janeiro de 2025, não foram tornados públicos resultados concretos do projecto. O líder político do SUSTENTA foi o ex-ministro Celso Correia.
Importa referir que, na semana passada, Venâncio Mondlane submeteu uma denúncia à Procuradoria-Geral da República, alegando má gestão e actos criminosos na implementação do SUSTENTA. Além disso, pediu à Presidente da Assembleia da República a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar os reais impactos e uso dos fundos do projecto.
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