O Estado Islâmico aumentou drasticamente os seus ataques em áreas da província síria de Deir al-Zor, controladas pelas Forças Democráticas Sírias (FDS), apesar das operações conjuntas com a coalizão liderada pelos EUA. A denúncia foi feita pelo Observatório Sírio para os Direitos Humanos (SOHR) na sua atualização mais recente.
Mais de 100 ataques desde janeiro
De acordo com o SOHR, desde o início de 2025, o grupo extremista realizou 114 operações na região. Essas ações incluem emboscadas, bombardeamentos e tiroteios contra postos de controle e veículos das FDS. Como resultado, 22 combatentes das forças apoiadas pelos EUA perderam a vida. Além disso, três militantes do Estado Islâmico morreram em confrontos ou operações de retaliação.
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Alvos civis também foram atingidos
Além dos combates diretos, nove civis também morreram durante os ataques, enquanto outras 27 pessoas ficaram feridas. Entre os feridos, dois pertencem às forças de segurança interna conhecidas como Asayish. O relatório destaca que o impacto afeta tanto civis quanto instituições de segurança.
Estratégia de ataque relâmpago preocupa analistas
Segundo o SOHR, as ações seguem o padrão clássico de “bater e fugir”. Pequenas células móveis atacam rapidamente e desaparecem em terrenos difíceis ou entre a população local. Essa estratégia dificulta o rastreamento e complica qualquer resposta coordenada.
Analistas alertam que essa nova ofensiva ameaça a estabilidade do leste sírio. Por isso, apelam por maior coordenação entre as forças locais e internacionais, além de estratégias preventivas mais eficazes. Segundo eles, o grupo aproveita as tensões locais para ampliar sua influência.
Insurgência persiste apesar de perdas territoriais
Mesmo sem território oficial desde 2019, o Estado Islâmico mantém células adormecidas em atividade. Utilizando táticas descentralizadas, os jihadistas apostam na camuflagem e no desgaste contínuo para sustentar a insurgência. Especialistas observam que a falta de vigilância eficaz abre brechas para novos avanços do grupo.
Com a violência a crescer novamente, o leste da Síria permanece sob constante tensão. Ao mesmo tempo, a comunidade internacional enfrenta o desafio de conter esse ressurgimento antes que o grupo recupere força operacional significativa.