África do Sul corre para evitar tarifa de 30% dos EUA
Faltando apenas horas para a entrada em vigor de uma tarifa comercial de 30%, a África do Sul acelera negociações com os Estados Unidos. A medida poderá afetar seriamente sua economia. A Ministra do Comércio, Parks Tau, revelou na quinta-feira (31) que o país prepara uma proposta “aprimorada” para tentar impedir as penalizações. O prazo final termina nesta sexta-feira, 1 de agosto.
Última tentativa de reverter a tarifa
Em entrevista à rádio sul-africana 702, Tau confirmou que os EUA solicitaram um novo envio do plano comercial. “Estamos tendo que lidar com uma proposta de última hora. Para falar a verdade, é esperar para ver”, afirmou. A proposta inicial foi submetida em maio. Posteriormente, ela foi revista em junho. No entanto, até agora não houve resposta formal por parte de Washington.
Jogue no Placard e transforme os seus palpites em prémios reais.
Impactos económicos preocupam
O Banco Central alertou para as possíveis consequências. Se a tarifa for aplicada, estima-se que cerca de 100.000 empregos estarão em risco. Os setores agrícola e automotivo seriam os mais afetados. Vale lembrar que os EUA são o segundo maior parceiro comercial da África do Sul. Entre os produtos exportados estão veículos, frutas cítricas, vinho e bens manufaturados.
Diálogo com os EUA continua
Na noite de quarta-feira, representantes do governo sul-africano reuniram-se com o gabinete do Representante Comercial dos EUA. Também participaram autoridades da embaixada americana em Pretória. Tau afirmou que os americanos “encorajaram o reenvio de uma proposta aprimorada”. O objetivo seria evitar a imposição da tarifa.
Questões políticas agravam a situação
Entretanto, as negociações comerciais são impactadas por fatores políticos. Entre eles, está a política de Empoderamento Econômico Negro (BEE), adotada internamente. Além disso, pesa o processo movido pela África do Sul contra Israel no Tribunal Internacional de Justiça. A ação por genocídio deteriorou as relações com Washington e Tel Aviv.
Agora, resta apenas aguardar. Pretória espera que sua última proposta seja suficiente para evitar uma crise comercial de grandes proporções.