Estado Islâmico Reivindica Ataque a Posto Policial em Chiúre, Cabo Delgado

Elementos ligados ao grupo extremista Estado Islâmico (EI) reivindicaram um ataque armado realizado na quinta-feira, 24 de julho, contra o posto policial de Chiúre Velho, no sul da província moçambicana de Cabo Delgado. A ação, atribuída à facção Ahlu-Sunnah wal Jama`a (ASWJ), foi divulgada através dos canais de propaganda do EI.

Vídeo mostra rebeldes armados dentro do posto

O vídeo divulgado exibe os insurgentes a disparar rajadas de metralhadora enquanto invadem o posto. As imagens mostram também os atacantes a recolherem material e a incendiarem uma viatura policial. Além disso, os extremistas afirmam ter libertado vários prisioneiros muçulmanos, embora ainda não haja confirmação oficial sobre feridos ou vítimas.

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Recrudescimento da violência no sul de Cabo Delgado

O ataque a Chiúre representa mais um sinal do alastramento do conflito para zonas anteriormente consideradas seguras. Autoridades locais ainda não se pronunciaram oficialmente sobre o incidente. No entanto, residentes da região relataram ter ouvido intensos tiroteios e visto colunas de fumo a partir das áreas circundantes.

Este episódio reforça a preocupação crescente sobre a capacidade de contenção das forças de segurança, especialmente à medida que os insurgentes mostram mobilidade estratégica e capacidade de comunicação ativa através de propaganda digital.

Grupos armados mantêm presença ativa na região

O grupo ASWJ, com ligações ao Estado Islâmico, continua a realizar ataques esporádicos, apesar das operações conjuntas levadas a cabo pelas Forças de Defesa e Segurança (FDS) e tropas da SAMIM e da Ruanda. O sul de Cabo Delgado, incluindo distritos como Chiúre e Ancuabe, tem registado maior instabilidade nos últimos meses.

Governo ainda não se pronunciou

Até o momento, o Governo moçambicano não comentou a veracidade do vídeo ou confirmou a autoria do ataque. Contudo, especialistas em segurança afirmam que a estratégia de comunicação do EI visa manter influência simbólica e recrutar novos combatentes, mesmo em áreas onde sua presença física é contestada.

O recrudescimento da violência reforça os desafios enfrentados por Moçambique na luta contra o extremismo, especialmente em contextos onde o Estado possui presença limitada.

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