Burkina Faso: ataques jihadistas matam dezenas de soldados e civis
Dois ataques militantes no nordeste de Burkina Faso causaram dezenas de mortes no início desta semana. Os incidentes ocorreram na segunda-feira (28) e foram confirmados por fontes de segurança à imprensa internacional.
Base militar em Dargo foi alvo de ataque mortal
O primeiro ataque atingiu uma unidade militar localizada na vila de Dargo. De acordo com uma fonte regional, o confronto resultou em pesadas baixas de ambos os lados. O grupo Jama’at Nusrat al-Islam wal-Muslimin (JNIM), filiado à Al-Qaeda, reivindicou o atentado.
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Comboio emboscado entre Dori e Gorom-Gorom
No mesmo dia, militantes emboscaram um comboio de abastecimento que circulava entre Dori e Gorom-Gorom. O ataque matou soldados e motoristas civis. Um responsável por uma empresa de transportes confirmou que cerca de 20 motoristas e ajudantes morreram no local.
JNIM intensifica presença no Sahel
O JNIM tem-se consolidado como o grupo jihadista mais ativo no Sahel, segundo as Nações Unidas. O grupo opera também no Mali e no Níger, e tem intensificado seus ataques nos últimos meses, elevando o clima de insegurança na África Ocidental.
Desde 2015, Burkina Faso enfrenta ataques constantes do JNIM e do Estado Islâmico. As forças armadas, embora tentem conter os avanços, continuam sobrecarregadas pelas ações armadas e pela falta de meios logísticos e humanos.
Civis continuam a pagar o preço da guerra
A violência crescente tem deixado civis e soldados à mercê de uma guerra prolongada. Comunidades inteiras vivem em estado de alerta permanente. Os recentes ataques reforçam os desafios que Burkina Faso enfrenta para restabelecer a ordem e proteger a sua população.