Presidente elogia resposta rápida e promete apoio às empresas afetadas
O presidente angolano, João Lourenço, elogiou as forças de segurança pela rápida atuação durante os protestos que abalaram Luanda e outras províncias. A violência começou após uma greve contra o aumento dos combustíveis e terminou com 30 mortos, incluindo um agente policial.
As autoridades confirmaram mais de 270 feridos. Dez membros das forças de defesa e segurança ficaram feridos durante os confrontos. Apesar disso, o governo não apresentou detalhes sobre as mortes. Partidos da oposição e organizações de direitos humanos acusaram a polícia de usar força letal contra civis.
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Lourenço agradece forças da ordem e profissionais da justiça
Durante o seu pronunciamento, o presidente declarou que a polícia agiu dentro da lei. Ele afirmou que as forças restauraram a ordem com eficiência. Também agradeceu aos profissionais da justiça e da saúde pelo empenho na resposta à crise.
A polícia prendeu mais de 1.500 pessoas. Os agentes relataram 118 empresas vandalizadas e 24 autocarros públicos destruídos durante os distúrbios.
População denuncia abusos e mortes de civis
Oposição e grupos da sociedade civil denunciaram a morte de civis desarmados. Eles exigem investigações independentes para apurar responsabilidades. O caso de Silvia Mubiala, mãe de seis filhos, chocou o país. Segundo testemunhas, ela morreu ao tentar proteger o filho durante a repressão em Luanda.
A história de Silvia gerou indignação pública e reforçou as críticas à atuação da polícia. ONGs pediram ao governo que indenize as famílias das vítimas e tome medidas para evitar abusos no futuro.
Governo evita comentar aumento de combustíveis
Lourenço não mencionou o aumento no preço dos combustíveis, aplicado em 1º de julho. Para muitos analistas, essa medida agravou a crise social já existente, marcada por desemprego, fome e insatisfação popular.
Embora tenha condenado a violência e lamentado as mortes, o presidente evitou anunciar medidas contra novas manifestações. Ele apenas prometeu ajudar as empresas afetadas pelos saques, sem abordar as causas profundas do descontentamento social.