A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) anunciou a suspensão temporária das atividades médicas em Mocímboa da Praia, em Cabo Delgado, devido à escalada de violência na região.
Armas pesadas, ataques a civis e saques nas comunidades tornaram o trabalho humanitário inseguro, forçando a interrupção de serviços essenciais, incluindo urgência, maternidade e apoio psicossocial.
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Víctor García Leonor, chefe da MSF em Moçambique, alertou que centenas de milhares de pessoas precisam urgentemente de assistência, mas a insegurança dificulta o acesso à saúde, aumentando mortes evitáveis e sofrimento.
Desde setembro, Mocímboa da Praia enfrenta ataques armados, obrigando milhares a fugir. Nos últimos meses, a violência intensificou-se também em outros distritos de Cabo Delgado.
A MSF suspendeu ainda consultas externas, cuidados de emergência e encaminhamentos para hospitais em Pemba e Mueda. Clínicas móveis e atividades comunitárias foram interrompidas, afetando gravemente a população vulnerável.
O distrito conta com cerca de 150 mil a 200 mil habitantes, e os recentes ataques foram os mais violentos em anos, provocando deslocamentos massivos e aumentando a pressão sobre um sistema de saúde já fragilizado.
García Leonor pediu repetidamente que grupos armados e autoridades protejam civis, unidades de saúde e trabalhadores humanitários, garantindo acesso seguro aos cuidados médicos.