Protestos contra aumento do diesel deixam mortos e centenas de presos em Luanda
Pelo menos quatro pessoas morreram e mais de 500 foram detidas durante protestos violentos em Luanda, capital de Angola. As manifestações começaram na segunda-feira (28) e continuaram na terça-feira (29), após o aumento do preço do diesel em 33%.
A decisão do governo de reduzir os subsídios aos combustíveis gerou revolta popular. Como consequência, operadores de táxis de micro-ônibus, que são essenciais para o transporte urbano, iniciaram uma greve de três dias e aumentaram as tarifas em até 50%. O caos no transporte agravou ainda mais a tensão nas ruas.
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De acordo com Mateus Rodrigues, porta-voz da polícia nacional, lojas, bancos e veículos foram vandalizados durante os protestos. Além disso, confrontos entre manifestantes e forças de segurança deixaram um rastro de destruição em vários bairros.
Apesar do reforço policial, “bolsões de desordem ainda persistem”, afirmou Rodrigues. As autoridades continuam a monitorar a situação e pedem calma à população.
Angola, um dos principais produtores de petróleo da África, vem reduzindo gradualmente os subsídios desde 2023. No entanto, medidas semelhantes adotadas no passado resultaram em protestos igualmente violentos. A nova escalada de tensão demonstra que a população continua vulnerável aos impactos da inflação e da instabilidade económica.
Analistas alertam que, sem um plano de mitigação social, o país poderá enfrentar novas ondas de protestos nos próximos meses.