Daniel Chapo Apresenta Balanço dos Primeiros 100 Dias de Governação

Moçambique – O Presidente da República, Daniel Chapo, apresentou nesta segunda-feira (28) o relatório dos seus primeiros 100 dias de governação, no Centro de Conferências Joaquim Chissano, em Maputo. O balanço revela que 92 dos 96 indicadores previstos foram cumpridos, correspondendo a uma taxa de execução de 96%.

Durante a cerimônia, Chapo sublinhou que o Governo não apenas cumpriu o planeado, mas acrescentou ainda 10 novas acções de impacto social e económico. Realçou que os avanços registados nestes primeiros meses contribuíram directamente para a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos, destacando progressos na educação, saúde, infraestrutura, segurança e apoio às famílias vulneráveis.

No sector social, foram distribuídos mais de 12 milhões de livros escolares, realizadas mais de 1.100 cirurgias nos hospitais centrais e provinciais e fornecidas cerca de 17 milhões de refeições escolares. Na infraestrutura, o Governo assegurou a manutenção de 2.444 km de estradas e a electrificação de novos postos administrativos, beneficiando milhares de famílias.

Em termos de cooperação internacional, o Presidente anunciou a mobilização de fundos significativos junto da China, Japão e Líbia, destinados a investimentos e apoio humanitário. Internamente, destacou-se a implementação do Fundo de Reabilitação Económica e a criação de uma linha de crédito de 10 mil milhões de meticais para apoiar empresas afetadas por choques climáticos.

Na aviação, Chapo denunciou redes de corrupção dentro da Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) e prometeu uma limpeza profunda, reafirmando o compromisso de recuperar o prestígio da companhia aérea nacional através da aquisição de aeronaves próprias e gestão transparente.

O Presidente também enfatizou avanços na digitalização, com a entrega de 5 mil computadores a instituições de ensino superior e a previsão de distribuição de mais 15 mil equipamentos a jovens carenciados. No sector judicial, novos tribunais foram inaugurados, melhorando o acesso da população à justiça.

Apesar dos avanços, Chapo reconheceu que persistem desafios nas áreas de segurança, desenvolvimento rural e combate à corrupção, reiterando que a transformação de Moçambique exige persistência e trabalho colectivo. "O futuro será moldado pelas nossas próprias mãos. Se não formos nós a construirmos Moçambique, ninguém fará por nós", concluiu.