VM7 diz que já não vive para si e que hoje é conduzido pelo propósito de servir o povo

Fonte: Radar Info Mz

Maputo, Maio de 2025 – Em um depoimento raro e carregado de emoção, o Presidente do Povo, Venâncio Mondlane (VM7), partilhou reflexões íntimas e contundentes sobre sua trajetória política e pessoal, durante o programa CIPCAST, promovido pelo Centro de Integridade Pública (CIP).

VM7 revelou que já não conduz a própria vida com base em interesses pessoais. Pelo contrário, afirmou estar inteiramente entregue a um propósito maior: servir o povo moçambicano. “Há causas que, quando as assumimos como missão e propósito de vida, deixamos de ter uma vida própria. Passamos a ser um subproduto desse propósito”, declarou com firmeza.

Segundo ele, o peso da missão de transformação nacional é tão intenso que exige abdicar dos pequenos prazeres e rotinas pessoais. “Hoje vivo entre a minha família e o meu povo. Essa tem sido a minha vida”, destacou, referindo-se à dedicação total à sua causa política.

Venâncio Mondlane fez questão de sublinhar os desafios de enfrentar um sistema amplamente controlado por um único partido. “Esse partido controla o poder judicial, o administrativo, o parlamento, as forças armadas. É um poder gigantesco”, disse, referindo-se à Frelimo. Para ele, resistir a esse poder exige muito mais do que força política – exige fé.

“Sobreviver num ambiente como esse só é possível com uma fé e um propósito que sejam superiores às tuas próprias fraquezas”, afirmou.

De acordo com Mondlane, viver por um ideal implica sacrifício real. Ir à praia, apanhar sol, praticar desporto ou sair com amigos são luxos que ele já não se permite. “Não são mais as minhas vontades pessoais que me movem. É a missão e o propósito de vida que me arrastam e sustentam”, disse com clareza.

Com o país em clima político tenso e com os desafios sociais crescentes, VM7 assume uma postura de entrega total, inspirando muitos, especialmente os jovens que clamam por renovação e liderança íntegra.

“Hoje, mais do que nunca, precisamos de líderes com coragem moral. Não é só sobre ocupar cargos. É sobre suportar o peso de um povo inteiro nas costas e seguir mesmo quando tudo diz para desistir”, concluiu.

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