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Chefe de Estado apela à autossuficiência alimentar e quer transformar Moçambique num país exportador
O Presidente da República, Daniel Chapo, defendeu esta quarta-feira, 28 de Maio, a intensificação da produção agrícola como pilar essencial para diminuir a dependência externa e garantir maior autonomia alimentar para Moçambique.
Falando no distrito de Guijá, na província de Gaza, durante a entrega de insumos e sistemas de rega a produtores locais, Chapo frisou a necessidade de reduzir as importações de bens alimentares como o arroz, um dos principais produtos adquiridos no exterior.
“Estamos a gastar muito com alimentos que podíamos produzir localmente. Cada tonelada que importamos representa divisas que podiam ser investidas internamente, beneficiando os próprios moçambicanos”, afirmou o Presidente durante o evento.
Segundo Chapo, ao reforçar a capacidade produtiva do país, torna-se possível redirecionar os recursos atualmente gastos em importações para investimentos em áreas prioritárias como educação, infraestruturas e energia.
Este discurso presidencial coincide com a implementação de uma nova etapa de modernização do comércio agrícola. Desde o dia 16 de Maio, encontra-se operacional o Sistema Electrónico de Licenciamento e Certificação Fitossanitária (SELICEF), uma plataforma digital concebida para acelerar os trâmites de exportação e importação de produtos agrícolas.
De acordo com o Ministério da Agricultura, Ambiente e Pescas, o SELICEF visa melhorar a transparência e a agilidade nos serviços prestados, ao reduzir significativamente os prazos de emissão de documentos fitossanitários exigidos no comércio internacional.
O sistema foi desenvolvido com o apoio financeiro da Irlanda e dos Países Baixos e está integrado com plataformas como a Janela Única Electrónica e o EPHYTO, da Convenção Internacional de Proteção de Plantas, permitindo uma gestão mais segura e eficiente.
A digitalização dos processos e o estímulo à produção interna fazem parte de uma estratégia mais ampla do Governo para fortalecer a segurança alimentar, aumentar as exportações e posicionar Moçambique como um protagonista agrícola na região.