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Organizações de Moçambique, Nigéria, Maláui, Quénia e, pela primeira vez, do Brasil participam da 7ª edição da iniciativa
A EDP Renováveis, empresa de origem portuguesa dedicada à energia sustentável, anunciou que já recebeu 219 candidaturas no âmbito da 7ª edição do Fundo A2E — Acesso à Energia. O programa, que visa apoiar soluções energéticas para comunidades em situação de vulnerabilidade, tem nesta edição abrangência em países africanos como Moçambique, Quénia, Maláui e Nigéria, e expande-se agora também ao Brasil.
De acordo com a organização, esta edição abriu espaço para propostas de entidades localizadas em qualquer parte do mundo, desde que as iniciativas sejam implementadas nos territórios abrangidos. Os projectos seleccionados serão conhecidos no último trimestre de 2025.
Vera Pinto Pereira, representante da EDP Renováveis, considera que o aumento do número de candidaturas reflete não apenas a dimensão do desafio global em torno do acesso à energia, mas também o crescente envolvimento de actores empenhados em encontrar soluções sustentáveis. “O nosso compromisso é com mudanças reais e duradouras, e essa resposta reforça que não estamos sozinhos nesta missão”, afirmou.
— Departamento de Recursos Humanos
Segundo a responsável, ainda existem mais de 800 milhões de pessoas no mundo sem acesso à electricidade e bilhões sem acesso confiável a água potável. O fundo nasceu como resposta a esse cenário, apostando na eletrificação de zonas rurais e na melhoria das condições básicas de vida.
Lançado em 2018, o Fundo A2E já apoiou 47 projectos com impacto direto e indireto em mais de oito milhões de pessoas. Os investimentos ultrapassam os 4,5 milhões de euros, sendo que os beneficiários estão distribuídos por países como Angola, Moçambique, Quénia, Ruanda, Tanzânia, Nigéria e Maláui.
Entre os projectos mais emblemáticos estão intervenções em unidades de saúde, garantindo fornecimento de energia para clínicas e maternidades em áreas remotas, e iniciativas educacionais que promovem formação técnica, inclusão de meninas e sustentabilidade ambiental.
Outros exemplos incluem apoio a comunidades deslocadas e crianças com deficiência, assim como esforços para levar iluminação e água potável a zonas de difícil acesso. Para a EDP, mais que um fundo, trata-se de um pacto social com as populações que enfrentam desafios históricos no acesso a serviços básicos.