
Educação universitária em crise
Num momento que deveria ser de celebração e orgulho, os finalistas da Universidade Rovuma, no campus do Niassa, apresentaram as suas monografias em meio a uma realidade desoladora. As más condições das salas de aula revelaram uma grave negligência estrutural num espaço que simboliza a formação de futuros profissionais moçambicanos.
Condições indignas de aprendizagem

Durante as defesas públicas dos trabalhos de fim de curso, o que mais chamou a atenção não foram as ideias ou propostas inovadoras dos estudantes, mas sim o estado crítico das infraestruturas: salas com buracos no chão semelhantes à deteriorada EN1, ausência de ventilação, carteiras danificadas e uma total falta de condições básicas de conforto.
O cenário compromete não apenas o bem-estar dos estudantes, mas também a imagem e a credibilidade da universidade enquanto instituição pública de ensino superior.
Apelo à responsabilidade institucional
Num país onde o acesso ao ensino superior continua a ser um desafio para muitos, permitir que estudantes cheguem ao final do curso nessas condições é um sinal claro de desvalorização do esforço académico. A Universidade Rovuma e o Ministério da Educação devem agir com urgência para reverter esta situação.
Celebrar conquistas estudantis sem oferecer o mínimo de dignidade física e estrutural nas instituições é uma contradição inaceitável e que precisa ser corrigida com seriedade e compromisso.