
África Ocidental — As relações entre vários países africanos e o Fundo Monetário Internacional (FMI) têm registado desenvolvimentos marcantes nas últimas semanas, com Nigéria e Gana a destacarem-se pelos seus progressos em matéria de gestão da dívida e cumprimento de compromissos financeiros. No entanto, o cenário geral do continente ainda reflecte dependência externa e elevados níveis de endividamento.
Nigéria paga antecipadamente empréstimo de emergência ao FMI
A Nigéria reembolsou antecipadamente o empréstimo de 3,4 mil milhões de dólares obtido junto do FMI em 2020. O pagamento da última prestação foi concluído em 30 de Abril de 2025. O FMI confirmou o progresso, embora esclareça que ainda há obrigações por liquidar.
Gana reduz dívida e supera metas do FMI
O Gana reduziu o rácio dívida/PIB de 61,8% (Dez/2024) para 54% (Jan/2025), superando metas estabelecidas até 2028 no programa de assistência financeira de 3 mil milhões de dólares.
FMI prepara nova avaliação sobre Gana
Apesar dos avanços, Gana ainda figura entre os países com maior dívida ao FMI. A quarta avaliação do programa está em curso, e os resultados serão divulgados nas próximas semanas.
Outros países africanos com elevada dívida ao FMI
- Egipto
- Etiópia
- Quénia
- Moçambique
- Sudão
- Tunísia
- Zâmbia
- Chade
África entre a retoma e a vulnerabilidade
O continente africano ainda enfrenta grandes desafios estruturais. Para garantir autonomia e crescimento sustentável, os governos devem reforçar a gestão responsável da dívida, diversificar as economias e investir em instituições públicas fortes.