
A Faixa de Gaza voltou a ser palco de violência intensa nas primeiras horas da manhã desta sexta-feira (17), quando uma operação militar de alta complexidade foi lançada por forças especiais israelenses na região de Khan Yunis, ao sul do enclave.
Segundo fontes de comunicação árabes, a operação teria como alvo principal um líder sênior do Hamas, além de buscar informações ou executar o resgate de possíveis reféns israelenses ainda mantidos em cativeiro após os ataques de outubro de 2023.
Testemunhas locais e relatos nas redes sociais árabes indicam que a unidade de elite israelense chegou disfarçada em dois caminhões brancos, acompanhada por cães treinados para busca e resgate. A ação iniciou-se após a travessia da Rota 5, culminando numa invasão ao complexo Al-Katiba, um conhecido reduto estratégico em Khan Yunis.
A incursão foi realizada sob cobertura de helicópteros Apache e jatos de combate, que forneceram fogo de supressão aéreo para facilitar o avanço terrestre. Fontes não confirmadas relatam explosões intensas e tiroteios durante a operação, resultando em grande movimentação populacional e temor generalizado na região.
Após concluir a missão — cujo resultado ainda não foi oficialmente declarado —, a unidade israelense teria recuado em direção à travessia de Kisufim, na fronteira com Israel. O exército israelense até o momento não comentou oficialmente sobre o objetivo ou os resultados da operação.
O governo de Gaza, controlado pelo Hamas, acusa Israel de violar deliberadamente zonas civis densamente povoadas, enquanto ativistas de direitos humanos pedem investigação internacional sobre o possível uso desproporcional da força.
O episódio agrava ainda mais a já frágil situação humanitária em Gaza, onde centenas de milhares de civis enfrentam escassez de alimentos, água potável, medicamentos e abrigos seguros, em meio a contínuos confrontos e bloqueios prolongados.
Contexto: Desde o início do conflito em Outubro de 2023, diversas operações militares israelenses têm sido conduzidas com o intuito de desarticular a infraestrutura militar do Hamas e libertar reféns. A comunidade internacional segue dividida sobre a legitimidade e proporcionalidade dessas ações.