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Primeira-ministra confirma que manutenção será priorizada em zonas-chave enquanto fundos adicionais não são garantidos
O Governo moçambicano revelou esta quarta-feira (28), no Parlamento, que a reabilitação completa da Estrada Nacional Número Um (N1) continua condicionada à obtenção de novos apoios financeiros. A declaração surgiu durante a sessão de perguntas ao Executivo, em resposta às preocupações apresentadas pelas bancadas sobre o estado crítico das rodovias no país.
A primeira-ministra, Benvida Levi, explicou que, enquanto se aguarda a disponibilização dos fundos já prometidos, as autoridades irão concentrar esforços na manutenção regular de segmentos estratégicos da estrada, com o objetivo de reduzir os impactos negativos provocados pela degradação contínua da via.
Paralelamente, o ministro dos Transportes e Comunicações, João Matlombe, informou que já está em marcha um programa para reabilitar 340 quilómetros da N1. Esta intervenção abrangerá os troços entre Inchope e Gorongosa (70 km), Chimuara e Nicoadala (176 km), bem como Metoro e Pemba (94 km). Esses trechos integram a fase inicial de um pacote de financiamento do Banco Mundial, avaliado em cerca de 54,4 mil milhões de meticais, equivalente a 850 milhões de dólares.
Segundo Matlombe, os recursos serão disponibilizados de forma gradual, conforme o avanço físico das obras. Neste momento, está em curso o processo de concurso público para selecionar a empresa responsável pela reabilitação de 84 km entre Gorongosa e Caia.
O Governo reitera a importância de continuar a angariar apoio internacional e explorar outras fontes de financiamento para garantir a execução completa do projecto.
Já em Fevereiro, a Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) alertou, durante um encontro com membros do Executivo, para a urgência da requalificação da N1, apontando-a como “coluna vertebral” da economia nacional. O sector empresarial defende que a melhoria da principal via rodoviária do país é essencial para a fluidez do comércio, da mobilidade e da logística.
Embora em Março de 2023 o Governo tenha anunciado o arranque das obras da primeira fase ainda naquele ano, a execução total do plano permanece suspensa à medida que se aguarda a mobilização de fundos para cobrir os restantes trechos da estrada.