
O barril de petróleo prepara-se para fechar a primeira semana de Maio em território negativo, à medida que investidores digerem a possibilidade de um aumento na produção de crude por parte da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+).
OPEP+ Considera Aumentar Produção em Julho
O “cartel” do petróleo está a ponderar colocar mais 411 mil barris de crude por dia no mercado já em Julho, elevando receios de que a oferta da matéria-prima possa superar a procura. Apesar da decisão ainda não ser oficial e ter provocado divergências internas no grupo, os mercados já antecipam este possível aumento.
“As atenções estão cada vez mais voltadas para a OPEP+ e para a decisão sobre os níveis de produção em Julho”, explicou Warren Patterson, estratega de matérias-primas do ING Groep, à Bloomberg. “Outro grande aumento cimentará uma mudança na política do grupo, que passará de defender os preços do petróleo para defender as quotas de mercado.”
Desempenho dos Principais Benchmarks
No contexto atual, o West Texas Intermediate (WTI) — referência para os Estados Unidos — desvaloriza-se 0,83%, atingindo 60,69 dólares por barril. O Brent — referência para a Europa — também cai 0,82%, situando-se em 63,91 dólares por barril.
Queda Percentual dos Preços do Petróleo (%)
Impacto das Tensões Comerciais Globais
Embora o ex-presidente Donald Trump tenha iniciado a assinatura de acordos comerciais e mantenha negociações com a China — o maior importador mundial de petróleo —, espera-se que o impacto económico e inflacionista das tarifas comprometa o poder de compra dos consumidores, afetando negativamente a procura por crude.