
Apelo à acção coordenada contra impactos climáticos
O Presidente da República, Daniel Chapo, alertou esta segunda-feira (26) que os eventos climáticos extremos que têm assolado Moçambique nos últimos anos exigem a adopção urgente de estratégias robustas de gestão de desastres.
O Chefe de Estado falava na cerimónia de abertura do 16.º Simpósio de Hidráulica e Recursos Hídricos e do 11.º Congresso de Planeamento e Gestão das Zonas Costeiras dos Países de Língua Portuguesa, que decorre em Maputo.
Moçambique entre os países mais vulneráveis do mundo
Durante o seu discurso, Chapo reconheceu que o país tem sido reiteradamente afectado por eventos climáticos severos, que provocam não apenas danos materiais, mas também perdas humanas significativas.
“Moçambique está entre os dez países mais vulneráveis do mundo aos impactos climáticos extremos. Esta realidade exige uma acção coordenada, inteligente e solidária, não só ao nível político, mas essencialmente ao nível dos especialistas da nossa comunidade”, afirmou.
Valorização do conhecimento local e respeito pelos ecossistemas
O Presidente defendeu que qualquer estratégia de adaptação climática deve respeitar os ecossistemas e valorizar o saber local, como parte integrante de soluções sustentáveis para o país.
“É fundamental respeitar os ecossistemas e valorizar o conhecimento das comunidades locais, pois estas têm convivido há gerações com as dinâmicas ambientais”, destacou Chapo.
Diplomacia hídrica e cooperação regional
Daniel Chapo aproveitou a ocasião para reiterar a importância da diplomacia hídrica, apelando ao reforço da cooperação com os países com os quais Moçambique partilha principais bacias hidrográficas.
Entre as bacias mencionadas estão: Maputo, Incomáti, Umbelúzi, Limpopo, Búzi, Save, Púnguè, Zambeze e Rovuma. O Presidente apelou a uma troca de informação eficaz e colaboração mútua na gestão desses recursos transfronteiriços.