
Imagem: Governo de Moçambique
Plano prevê corredores exclusivos, frota moderna e requalificação urbana para beneficiar milhares de passageiros na capital
O Executivo moçambicano está a avançar com a implementação do ambicioso plano “Move Maputo”, que visa revolucionar o transporte público na região metropolitana da capital, através da introdução do sistema BRT (Bus Rapid Transit), uma solução moderna e eficiente de mobilidade.
Com financiamento do Banco Mundial, o investimento total do projeto ultrapassa os 250 milhões de dólares e tem como meta tornar-se operacional até dezembro de 2026. O plano contempla corredores dedicados ao BRT, que garantirão maior fluidez e rapidez no transporte de passageiros.
Os dois primeiros eixos de atuação serão Baixa-Magoanine e Zimpeto-Matola Gare, prevendo-se que mais de 124 mil pessoas utilizem diariamente os serviços disponibilizados. A frota incluirá 120 autocarros, com destaque para a integração de veículos elétricos, numa aposta clara por práticas sustentáveis e pela redução de emissões poluentes.
As obras já em curso envolvem a requalificação de cerca de 17 km de vias nas cidades de Maputo e Matola, com melhorias visíveis em importantes avenidas como a 24 de Julho e da ONU. As intervenções incluem nova pavimentação, instalação de iluminação pública, construção de ciclovias e sistemas de drenagem eficazes.
O projeto também abrange aspectos estruturais do setor, como o fortalecimento da regulação do transporte urbano, formação de operadores e ações voltadas para a acessibilidade de comunidades vulneráveis. A intenção é garantir que a mobilidade urbana se torne mais integrada, justa e funcional.
Apesar de obstáculos como a ocupação informal de áreas projetadas para o BRT, o governo assegura que o cronograma está a ser cumprido e que o sistema estará completamente em funcionamento até ao final de 2026.