
Quelimane viveu uma manhã de tensão e paralisação total dos serviços autárquicos nesta terça-feira, 27 de Maio de 2025, depois de funcionários do Conselho Autárquico de Quelimane (CAQ) decidirem trancar com correntes e cadeados as entradas principais do edifício municipal, exigindo o pagamento de cinco meses de salários em atraso.
Ambiente Explosivo
A indignação dos trabalhadores ganhou forma após a intervenção da vereadora Clésia da Caridade, na segunda-feira (26), onde esta tentou justificar os atrasos salariais sem apresentar soluções concretas. A resposta dos funcionários não se fez esperar. Antes das 8h, barricadas foram erguidas em todas as entradas do município, incluindo a portaria principal e os serviços de atendimento ao público.
“Queremos os nossos salários!” — gritavam os manifestantes, que se mantiveram firmes na ocupação pacífica, mas determinada.
Vozes do Protesto
Fontes locais relataram ao portal Txopela que o movimento foi totalmente espontâneo e sem aviso prévio. Um dos trabalhadores desabafou:
“Já não aguentamos mais viver de promessas e explicações. Cinco meses sem salário é desumano. Os nossos filhos não comem discursos.”
Implicações e Reações
Até o momento, não houve uma resposta oficial da edilidade após o bloqueio das instalações. A paralisação afecta todos os serviços municipais, incluindo áreas sensíveis como limpeza urbana, registo civil e apoio administrativo.
Espera-se que nas próximas horas o Conselho Autárquico apresente uma posição formal, sob pressão crescente da opinião pública e da sociedade civil, que começa a mobilizar apoio aos trabalhadores.