Zambézia: Homem Morde e Arranca Lábio da Esposa em Ataque Brutal"

Um caso chocante de violência doméstica abalou recentemente a província da Zambézia. Um homem, num surto de brutalidade, atacou a sua própria esposa e mordeu-lhe o rosto, arrancando parte do lábio inferior. O ataque ocorreu dentro da residência do casal, na presença de vizinhos que, em pânico, só conseguiram socorrer a vítima após o agressor fugir do local.
A mulher foi encaminhada com urgência ao hospital, onde recebeu cuidados médicos. A gravidade do ferimento impressionou até os profissionais de saúde. O estado clínico da vítima é estável, mas os danos físicos e emocionais são profundos. Até o momento, o paradeiro do agressor é desconhecido, mas as autoridades já iniciaram diligências para localizá-lo e responsabilizá-lo criminalmente.
Comunidade em choque
O caso provocou indignação entre os moradores locais. “É revoltante ver uma mulher tratada com tamanha crueldade por alguém que deveria protegê-la”, disse uma moradora da zona, exigindo justiça. Muitos apelam por maior atuação do Estado no combate à violência doméstica, que, segundo relatam, tem se tornado cada vez mais comum e brutal.
Violência doméstica em alta na Zambézia
De acordo com dados recentes do Ministério do Interior, a Zambézia está entre as províncias com maior índice de violência no seio familiar. Especialistas apontam que fatores como pobreza, alcoolismo e impunidade contribuem para a continuidade desse cenário alarmante.
O que diz a lei
A legislação moçambicana considera a violência doméstica um crime grave. A Lei nº 29/2009 estabelece punições severas para quem pratica agressões físicas, psicológicas ou sexuais dentro de casa. Neste caso, o autor poderá ser acusado por lesão corporal grave e violência doméstica, com penas que podem ultrapassar oito anos de prisão.
Onde pedir ajuda
Vítimas de violência doméstica devem procurar apoio o mais cedo possível. Organizações como a MULEIDE, AMMCJ e os serviços sociais do governo oferecem acolhimento psicológico, assistência legal e proteção. A denúncia pode ser feita nas esquadras da PRM ou através das linhas anónimas de emergência.
Denunciar é um ato de coragem. Calar fortalece o agressor. A violência não pode ser normalizada.
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