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Cerca de 700 estudantes enfrentam a perda do semestre por não respeitarem o prazo de matrículas
A Universidade Eduardo Mondlane (UEM) está a ser palco de tensão académica após o cancelamento de inscrições de aproximadamente 700 estudantes, devido a pagamentos efetuados fora do calendário estabelecido. O impasse deixou muitos jovens em desespero, especialmente os que se encontram nos últimos anos de curso.
Na manhã desta quinta-feira, dezenas de alunos deslocaram-se ao complexo pedagógico da instituição para contestar a decisão. Empunhando palavras de ordem e exigindo diálogo, os manifestantes alegam que a universidade deveria adotar uma abordagem mais flexível face à dimensão do impacto.
Segundo os dados disponibilizados pela própria UEM, o período regular de inscrições decorreu entre 4 e 14 de fevereiro. No entanto, centenas de estudantes não conseguiram concluir o processo dentro desse prazo. Embora reconheçam o atraso, pedem sensibilidade institucional perante o cenário que poderá comprometer futuros académicos.
Entidades estudantis também tentaram mediar o conflito, mas afirmam que não houve abertura suficiente por parte da Direcção da UEM. Em declarações públicas, o responsável pelo Registo Académico, Betuel Canhanga, lamentou a situação, mas foi categórico ao afirmar que a decisão se mantém, ressaltando que já houve tolerância suficiente.
Dessa forma, os estudantes penalizados só poderão retomar as disciplinas afetadas no primeiro semestre de 2026, atrasando consideravelmente os seus planos académicos.