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Veterano de guerra, diplomata e um dos rostos da fundação da Frelimo, morreu aos 88 anos vítima de doença
Foi anunciado esta semana o falecimento de Lopes Tembe Ndelana, um dos pioneiros da luta de libertação nacional em Moçambique. Com 88 anos, Tembe estava internado no Hospital Central de Maputo, onde veio a perder a vida devido a complicações de saúde.
Natural de uma geração que ousou desafiar o colonialismo, Lopes Tembe destacou-se como um dos fundadores da UDENAMO, movimento que viria a fundir-se com outros dois para formar a Frelimo a 25 de Junho de 1962, data histórica para o país.
Após a independência, Lopes Tembe serviu o Estado moçambicano como diplomata, ocupando cargos de embaixador em diversas nações, contribuindo para o posicionamento internacional do jovem país.
Mais do que combatente, Tembe foi testemunha e protagonista da formação da Frelimo e das movimentações que a antecederam. A sua vida foi marcada pelo compromisso com a soberania e o progresso de Moçambique.
Entre os seus legados está o livro de memórias "Da UDENAMO à FRELIMO e à diplomacia moçambicana", obra que narra com detalhe os bastidores da luta, a construção da independência e a diplomacia no pós-independência.
O país despede-se de uma das suas vozes mais lúcidas sobre a história da libertação e da consolidação da identidade nacional.