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Administração Trump bloqueia admissões internacionais, afectando gravemente jovens africanos com bolsas nos EUA
Centenas de estudantes africanos enfrentam incertezas após a Administração Trump ter ordenado a suspensão da matrícula de estudantes estrangeiros na Universidade de Harvard para o ano académico 2025-2026. A medida ameaça não apenas os planos académicos, mas também o futuro profissional de milhares de jovens.
Segundo dados divulgados por fontes internacionais, cerca de 263 jovens da África Subsaariana estão entre os sete mil detentores de vistos de estudante (F-1) e de intercâmbio (J-1) impactados pela nova diretriz. A suspensão faz parte de uma série de ações restritivas, incluindo o reforço da triagem em redes sociais e longos atrasos na emissão de vistos.
A Universidade de Harvard classificou a medida como "arbitrária e destrutiva", tendo movido um processo judicial contra o Governo norte-americano no passado mês de Maio. A instituição acusa a Casa Branca de represália política, após recusar submeter-se a exigências ideológicas em seu currículo e corpo docente.
Além de impedir admissões, o governo congelou mais de 2 mil milhões de dólares em subsídios e ameaçou cortar apoios financeiros adicionais, numa disputa que remonta aos protestos no campus contra os bombardeamentos israelitas em Gaza.
Com a crescente instabilidade no acesso ao ensino norte-americano, outras universidades globais reagiram. A Universidade de Ciência e Tecnologia de Hong Kong, por exemplo, ofereceu admissões rápidas e bolsas de estudo para acolher alunos expulsos ou impedidos de estudar nos EUA.
Para milhares de jovens africanos que viam os EUA como referência em excelência académica, esta medida representa um retrocesso preocupante. Muitos dependem de apoios institucionais e familiares para estudar fora, e agora enfrentam o risco de ver seus sonhos interrompidos por razões políticas.