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Familiares e representantes insistem por justiça e denunciam alegada destruição de provas
Representantes dos familiares de Elvino Dias e Paulo Guambe voltaram a dirigir-se à Procuradoria-Geral da República para exigir respostas concretas no processo que envolve o assassinato brutal dos dois jovens, ocorrido em circunstâncias ainda não completamente esclarecidas.
De acordo com os denunciantes, já foram entregues à Procuradoria elementos considerados fundamentais que indicam que os autores dos homicídios seriam os mesmos implicados na morte de Anastácio Machiavelli, em Gaza. As acusações apontam também para uma suposta colaboração de altos responsáveis da cadeia onde os presumíveis autores se encontram detidos, facilitando a sua saída e posterior destruição de provas.
A indignação aumenta com o silêncio mantido pela Procuradoria desde abril, mesmo após novos alertas sobre a eliminação deliberada de evidências e intimidação de testemunhas. Os representantes temem que o tempo esteja a ser usado como ferramenta para assegurar a impunidade.
Em novo requerimento entregue esta semana, os familiares exigem ação imediata e transparente por parte da Procuradoria, reforçando que os elementos do crime são claros e os implicados já foram identificados.
O caso, que envolve suspeitas graves de encobrimento, poderá tornar-se um teste à eficácia do sistema de justiça em Moçambique, especialmente quanto à sua capacidade de responsabilizar autores de crimes com aparente cobertura institucional.