
Imagem: AQUA, IP
Mais de 300 sacos com mais de 100kg cada foram apreendidos quando seguiam em direcção à África do Sul
Uma operação levada a cabo pela Agência Nacional para o Controlo da Qualidade Ambiental (AQUA, IP), sob tutela do Ministério da Agricultura, Ambiente e Pescas (MAAP), resultou na apreensão de mais de 300 sacos de carvão vegetal que estavam a ser ilegalmente transportados para a África do Sul, pela fronteira de Ressano Garcia.
Segundo informações da AIM, a carga seguia num camião articulado conduzido por um cidadão de nacionalidade Swati. O motorista foi detido pelas autoridades locais e multado em 500 mil meticais, equivalente a cerca de 7.800 dólares norte-americanos. A detenção aguarda legalização no posto policial da fronteira.
Este caso soma-se a outro ocorrido a 30 de Maio, quando um outro camião, também sem documentação legal, foi interceptado com 100 sacos do mesmo produto. Ambos os episódios reforçam os alertas sobre o crescente tráfico ilegal de recursos florestais no país.
Em ligação com o transporte ilícito identificado em Maio, quatro moçambicanos foram detidos, entre eles o condutor e o ajudante do camião. Os suspeitos encontram-se sob custódia na 15ª Esquadra da PRM na Cidade de Maputo.
O responsável da AQUA, IP indicou ainda que a força conjunta entre a PRM, o SERNIC e outros órgãos de fiscalização continua a investigar o esquema, com o objectivo de desmantelar as redes envolvidas no tráfico de carvão e outros produtos florestais.
Entre Janeiro de 2023 e Maio de 2025, as autoridades ambientais moçambicanas já apreenderam 3.375 sacos de carvão vegetal nas principais fronteiras terrestres, representando um total de 127,1 toneladas.
De acordo com Chelengo, a tendência de contrabando usando fronteiras como Malawi e África do Sul tem aumentado nos últimos anos. Para combater o fenómeno, a AQUA, IP está a reforçar os postos de fiscalização e a criar melhores condições operacionais para suas equipas no terreno.