
Imagem: Reprodução/Redes Sociais
Supostos mandantes, motivações e detalhes do crime foram revelados em vídeo por figura conhecida como "Velha Chica"
Uma gravação que circula nas redes sociais, protagonizada por uma figura popularmente conhecida como “Velha Chica”, fez graves acusações sobre o assassinato do superintendente principal da polícia, Carlitos Zandamela, chefe de reconhecimento da Unidade de Intervenção Rápida (UIR), ocorrido recentemente na cidade de Maputo.
De acordo com o relato, Zandamela teria sido executado por ordens superiores do governo, especificamente atribuídas ao atual ministro do Interior, Paulo Chacine. A motivação, segundo a denúncia, estaria ligada ao fato de o oficial conhecer informações sensíveis sobre os homicídios de Paulo Coando e Alvino Dias, também figuras ligadas à segurança pública.
O crime teria ocorrido na noite anterior ao vídeo, quando o superintendente se deslocava para sua residência, situada na zona de Nekob, na Matola. Ao aproximar-se de casa, o veículo onde seguia foi interceptado por duas viaturas com homens armados, que supostamente seriam seus próprios colegas de farda.
Segundo o depoimento, nada foi levado do carro e não havia quaisquer valores em dinheiro a bordo, o que reforçaria a tese de execução planejada. Entre os alegados executores mencionados no vídeo estão Abel Fortes, comandante dos Grupos Operativos de Intervenção (GOI), e um agente identificado como Carlos, também conhecido pelo apelido de "Mulato".
A gravação termina com críticas contundentes ao atual estado do país e à forma como figuras de poder supostamente tratam os cidadãos comuns. A autora questiona até quando a população moçambicana continuará a viver sob este tipo de violência e impunidade.